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Massacre na Guatemala tem 28 pessoas decapitadas

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GUATEMALA - Pelo menos 28 pessoas foram assassinadas e decapitadas em uma fazenda localizada em Petén, no norte da Guatemala, em um suposto acerto de contas entre traficantes que operam na fronteira com o México, informou neste domingo o chefe da polícia, Jaime Otzín.

Segundo Otzín, o crime ocorreu em uma fazenda de San Andrés, no departamento de Petén, 500 km ao norte da capital.

O minitro do Interior, Carlos Menocal, atribuiu o massacre ao cartel mexicano Los Zetas e disse que as vítimas eram trabalhadores agrícolas.

Para Otzín existem duas hipóteses, mas é preciso avançar nas investigações para determinar o ocorrido.

Uma das hipóteses, diz o delegado, é de que o crime esteja relacionado com ações do cartel mexicano "Los Zetas". A outra é que o crime esteja vinculado ao assassinato do fazendeiro Haroldo Waldemar León Lara, irmão do ex-traficante guatemalteco Juan José León, que foi morto em 2008 aparentemente pelos "Los Zetas".

Haroldo León Lara foi assassinado no sábado quando viajava com 31 mil dólares em dinheiro, aparente destinados à folha de pagamento de sua fazenda.

A Guatemala tem um dos maiores índices de homicídios da América Latina, com 18 assassinatos por dia. A maioria dos crimes é atribuída a grupos de traficantes e às temidas gangues, ou "maras".

"Entre os 28 mortos, estão duas mulheres", revelou à AFP um porta-voz da polícia da Guatemala, Donald González.

No dia 30 de novembro de 2008, foram assassinadas 20 pessoas na aldeia Agua Clara, no departamento de Huehuetenango (noroeste do país), próximo à fronteira com o México.

No dia 7 de novembro deste mesmo ano, foram encontrados dentro de um ônibus na estrada de Zacapa (leste) os cadáveres queimados de 15 nicaraguenses e de um holandês, que haviam viajado à Guatemala para comprar mercadorias.

As altas cifras de homicídios e a ineficiência do sistema judicial de um país onde 98% dos crimes ficavam sem solução, levaram a ONU a criar a Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (CICIG), que começou a operar no final de 2007.

A CICIG colabora com a fiscalização na investigação dos crimes de alto escalão, além de tratar de detectar e erradicar os aparatos clandestinos incorporados às instituições do Estado, e já prendeu ou afastou vários funcionários públicos.