Os preços do petróleo caíram nesta segunda-feira em Nova York, depois do compromisso da Arábia Saudita de garantir a estabilidade do mercado, inquieto com a queda da produção líbia.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em abril fechou em 96,97 dólares, queda de 91 centavos em relação à sexta-feira.
"O mercado está agitado, tentando verificar como evoluirão os eventos no Oriente Médio", constatou John Kilduff, da Again Capital.
Os preços do petróleo oscilaram durante toda a sessão, terminando em baixa.
Os temores dos investidores sobre a escassez de petróleo proveniente da Líbia, em plena revolta, foram em parte atenuados pelo compromisso da Arábia Saudita de "garantir a estabilidade do mercado petroleiro e manter o fornecimento", segundo comunicado do conselho de ministros.
"Em resposta à potencial queda da produção líbia, a Arábia Saudita elevou sua produção a 9 milhões de barris diários, de 500.000 e 600.000 mais barris que em janeiro", afirmou Hussein Allidina, da Morgan Stanley Research Global.
Diversas indicações permitem pensar que o país subiu sua produção, principalmente o tráfego de navios petroleiros, afirmou John Kilduff.
Na Líbia, a oposição apressava-se na segunda-feira a retomar as exportações de petróleo do leste do país, região que controla, com a partida de um petroleiro com destino à China, segundo explicações dadas à AFP por um dirigente do comitê local da cidade de Tobruk.
As principais jazidas de petróleo da Líbia estão agora nas mãos dos rebeldes e o coronel Muamar Kadhafi e suas forças controlam apenas a capital Trípoli e a região adjacente, indicou, por sua vez, o comissário europeu da Energia, Gunther Oettinger.
A pressão podia ser sentida cada vez mais forte sobre o líder líbio, tanto por parte da oposição interna como da comunidade internacional.
Nas operações eletrônicas que procederam à abertura do mercado nova-iorquino, o barril de WTI tinha alcançado 99,96 dólares, caindo posteriormente. A crise no mundo árabe tinha levado os preços a mais de 103 dólares na semana passada.