Ao menos cinco pessoas morreram e outras 14 ficaram feridas no atentado contra uma igreja copta de Alexandria, a grande cidade do norte do Egito, revelaram os serviços de segurança. O ataque ocorreu por volta da meia-noite, no momento em que os fiéis saíam da igreja copta situada no bairro de Sidi Bechr.
Logo após o atentado, várias ambulâncias foram enviadas ao local da explosão, onde havia um carro carbonizado, segundo testemunhas. Depois do ataque, um grande número de cristãos coptas se dirigiu a uma mesquita próxima ao local para protestar, revelou um funcionário da segurança.
Os autores do ataque não foram identificados, mas o cristãos coptas egípcios são alvo de ameaças do grupo chamado Al-Qaeda no Iraque, que reivindicou o atentado contra a catedral síria católica de Bagdá, em 31 de outubro passado. O ataque em Bagdá matou 46 civis, sete membros das forças de segurança e cinco terroristas, sendo um dos mais sangrentos contra a comunidade cristã do Iraque.
O grupo terrorista prometeu destruir as igrejas do Egito caso os coptas não libertassem duas mulheres apresentadas como "prisioneiras dos mosteiros" por tentarem se converter ao Islã. As duas mulheres em questão são Camilia Chehata e Wafa Constantine, casadas com coptas e cuja suposta conversão ao Islã abalou a comunidade cristã no Egito.
Após o ataque em Bagdá e as ameaças, as autoridades egípcias reforçaram discretamente a segurança em torno das igrejas coptas, enquanto o presidente Hosni Moubarak prometia protegê-los "das forças do terrorismo e do extremismo".
Os coptas são a maior comunidade cristã do Oriente Médio, e representam entre 6 e 10% dos 80 milhões de egípcios.