As Damas de Branco, as esposas de presos políticos cubanos, pediram neste domingo ao presidente Raúl Castro que liberte antes do fim de ano os 11 opositores que se negam a ir para o exílio.
"A única coisa que quero dizer ao general Raúl Castro é que se recorde de que a família é sagrada, e que, se ele ama seus filhos e amou sua esposa, pense que nós também amamos nossos maridos e filhos e dê a eles a liberdade", declarou al líder do grupo, Laura Pollán, ao deixar a igreja de Santa Rita, oeste de Havana, onde as mulheres fazem passeata todos os domingos para pedir a libertação de seus familiares.
Pollán, no entanto, se mostrou muito cética de que o presidente vá libertar os presos, já que quatro dos onze prisioneiros estão muito doentes e mesmo assim ainda não foram libertados por questões de saúde.
Dos 52 opositores, entre 75 condenados em 2003, 40 foram libertados depois de aceitar viajar para a Espanha, e dos 12 que se negam a ir para o exílio, apenas um foi libertado e ficou em Cuba.