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Eleições no Haiti: dos 18 candidatos, seis aparecem como favoritos

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PORTO PRÍNCIPE - Os haitianos elegerão no próximo domingo o novo presidente do país. De acordo com as pesquisas, dos 18 candidatos que disputam o pleito, seis contam com chances de suceder o atual governante, René Preval, a partir de 7 de fevereiro.

Confira o perfil dos principais concorrentes:

 

- Jude Célestin, protegida do atual presidente.

Sem experiência política aos 48 anos de idade, esta engenheira de formação é uma das mais jovens candidatas à presidência do partido Inité (Unidade). Formada em engenharia mecânica na Suíça, fez uma bem sucedida campanha, que cobriu o país com os cartazes verdes e amarelos do partido. Considerada favorita, era desconhecida do grande público até se candidatar. Sua proximidade com o presidente Preval colaborou para sua escolha como candidata. Célestin comanda o Centro Nacional de Equipamentos, responsável pelas principais obras públicas do Haiti.

 

- Mirlande Manigat: ex-primeira-dama apoiada pelas mulheres.

Apontada por algumas pesquisas como líder da corrida eleitoral, Mirlande Manigat, de 70 anos, foi primeira-dama do Haiti durante alguns meses de 1988, quando o marido Leslie Manigat chegou ao poder (acabou derrubado por um golpe militar pouco depois de assumir). Formada em Ciência Política na Sorbonne, esta professora universitária concorre pela Aliança dos Democratas Nacionais Progressistas (RNDP), mas conta com pouca experiência política, que se resume ao cargo legislativo que ocupou durante a presidência do marido. Conta com o apoio de um grupo de parlamentares de oposição a Preval e goza da simpatia das organizações feministas, que gostariam de ver uma mulher eleita presidente pela primeira vez no Haiti.

 

- Michel Martelly, cantor popular admirado pela juventude.

Aos 49 anos, este cantor é mais conhecido pelo apelido de "Swett Micky". Notório pelos excessos no palco, autoproclamou-se presidente do "compas" (música dançante típica do Haiti). Após 20 anos de carreira, Martelly parece ter tomado o lugar deixado na política pelo rapper Wyclef Jean, excluído da disputa presidencial pelo Conselho Eleitoral. Impulsionado por sua popularidade entre os jovens, o cantor faz uma campanha agressiva, acusando seus principais adversários de contribuir para a ruína do país. Martelly diz ter chegado a hora de uma nova geração assumir o poder. As pesquisas o colocam entre os três principais candidatos.

 

- Jacques-Edouard Alexis: a velha guarda dissidente do clã presidencial.

Aos 63 anos, este universitário foi ministro e primeiro-ministro de Preval. Fiel ao presidente, foi responsável pela campanha presidencial vitoriosa de 2006. Alexis foi demitido por Preval em abril de 2008, depois de uma série de greves de fome que abalaram o país. Candidato natural do partido no poder, foi descartado na reta final para a entrada de Jude Célestin, que representa a nova guarda do clã presidencial.

 

- Charles-Henri Baker: o industrial que se apresenta como alternativa a Preval.

Aos 55 anos de idade, este homem enérgico está à frente do partido Respé (Respeito), e afirma ser "o único candidato verdadeiramente anti-Preval". O industrial, que ficou em terceiro lugar nas últimas eleições presidenciais, em 2006, foi dono da maior plantação de tabaco do país nos anos 80, e ocupou a vice-presidência da Associação de Indústrias do Haiti. Formado em administração de negócios nos Estados Unidos, é um apaixonado por futebol e caratê.

 

- Jean-Henry Céant: o "unificador" das correntes políticas.

Formado em direito pela Universidade Pública do Haiti, Céant, de 54 anos, é um conhecido escrivão que se apresenta como o "unificador", sob a bandeira do partido Renmen Ayiti (Amar o Haiti). Sem experiência política, Céant conduziu sua campanha eleitoral apoiado por uma aliança de ex-seguidores de Duvalier e de partidários do ex-presidente Jean Aristide. Seu slogan é "Tout mounn ladan'l" (Todo mundo está incluído).