A diplomacia israelense qualificou a mensagem emitida pelo Papa Bento XVI como uma espécie de "ataques políticos" contra o Estado hebreu. Na mensagem, o pontífice pede o fim da ocupação israelense nos "diferentes territórios árabes".
"Expressamos nossa decepção com o fato de que este importante sínodo tenha se tornado uma tribuna de ataques palestinos contra Israel, na melhor tradição da propaganda árabe", declarou o vice-ministro de Relações Exteriores, Danny Ayalon.
"O sínodo foi feito refém por uma maioria anti-israelense", disse Ayalon.
O sínodo sobre o Oriente Médio, que durou duas semanas, foi concluído no sábado pedindo o fim da ocupação israelense "nos diferentes territórios árabes" e afirmando que o Estado israelense não pode se basear na Bíblia para justificar sua política de colonização.
Já os palestinos saudaram as conclusões do sínodo, por intermédio de seu principal negociador, Saeb Erakat.
"Unimos nossa voz à do sínodo em seu apelo à comunidade internacional para apoiar os valores universais de liberdade, dignidade e justiça", assinalou Erakat.
Para os palestinos, a "comunidade internacional deve exercer sua responsabilidade moral para acelerar o fim da ocupação israelense ilegal" nos territórios palestinos.