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Itamaraty apoia ação das Nações Unidas no Congo

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Agência Brasil

BRASÍLIA - A violência que predomina no Congo nos últimos anos, com a ocorrência de estupros de mulheres e crianças e o massacre de inúmeros civis, gerou hoje reações do governo do Brasil. O Ministério das Relações Exteriores, por meio de nota, rechaçou os conflitos no país africano apoiando a convocação extraordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas amanhã para discutir exclusivamente o assunto.

Para o Brasil, o ideal é garantir condições de trabalho para a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Congo (Monusco). Os militares serão responsáveis pela proteção de civis, particularmente mulheres e crianças.

O governo brasileiro reitera a importância de que a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Congo (Monusco) disponha dos meios necessários para assegurar a proteção de civis, particularmente mulheres e crianças , diz a nota. O Brasil repudia a violência sexual e seu uso como instrumento de guerra, que busca afetar, além das vítimas, seus laços familiares e comunitários , acrescenta.

Em seguida, o documento informa ainda que o Conselho de Segurança das Nações Unidas foi recentemente informado do ocorrido e convocou reunião emergencial sobre o assunto para amanhã, em Nova York [nos Estados Unidos] .

A disputa entre etnias distintas tutsis e hutus - e grupos rebeldes gerou uma onda de violência no Congo que teve início em 1993. Os conflitos se acentuaram com o passar dos anos. Nos últimos dias, pelo menos 240 estupros de mulheres e crianças foram registrados por autoridades ligadas às Nações Unidas. Alguns grupos humanitários classificam o Kivu Norte, no Congo, como uma das regiões mais perigosas do mundo para mulheres e crianças. No local vivem cerca de 5,7 milhões de pessoas.