Agência AFP
QUITO - O equatoriano Luis Freddy Lala Pomavilla, que sobreviveu à chacina de 72 migrantes latino-americanos na semana passada, no México, disse que estava com 76 pessoas quando foi interceptado pelo grupo que cometeu o massacre, informou o governo do Equador esta quinta-feira.
"Viajavam comigo 76" pessoas, disse Lala Pomavilla à imprensa oficial, no avião da presidência equatoriana que o levou de volta a seu país, no domingo.
Após o massacre, as autoridades mexicanas acharam 72 corpos e na quarta-feira confirmaram a existência de um segundo sobrevivente de nacionalidade hondurenha, um fato que anteriormente foi revelado pelo presidente equatoriano, Rafael Correa, baseado no testemunho de Lala Pomavilla.
O equatoriano ratificou que a matança foi cometida pelo cartel de narcotraficantes "Los Zetas", razão pela qual pediu a seus compatriotas que se abstenham de tentar voltar ilegalmente aos Estados Unidos através do México.
"Não venham, há muitos bandidos que não deixam passar, não venham mais. Digo a todos os equatorianos que não viajem mais porque 'Los Zetas' estão matando muita gente", advertiu.
As autoridades mexicanas identificaram 33 das 72 vítimas: 12 salvadorenhos, quatro guatemaltecos, um brasileiros e 16 hondurenhos, cujos corpos foram repatriados na quarta-feira.
Na sexta-feira passada, o promotor-geral do Equador, Washington Pesántez, assegurou ter a confirmação de pelo menos seis equatorianos mortos, mas Correa afirmou, um dia depois, que ainda não se "pôde verificar" esta informação.