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Obama promulga lei para enviar 1.500 agentes à fronteira mexicana

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Agência AFP

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, promulgou nesta sexta-feira uma lei que visa a reforçar a segurança da fronteira sul, que inclui o envio de mais 1.500 agentes e de aviões não tripulados para intensificar a vigilância, em meio a uma escalada de violência no México.

Obama assinou a legislação, que prevê mais 600 milhões de dólares em recursos para a fronteira sul, um dia depois de aprovada pelo Congresso americano.

Esta medida se soma à mobilização de 1.200 soldados da Guarda Nacional, iniciada em 1º de agosto, para ajudar na proteção da fronteira, enquanto os novos agentes são treinados para a função.

Incluindo todas as agências de segurança envolvidas, a patrulha americana que atua na fronteira mexicana conta atualmente com 20.000 homens.

Os soldados permanecerão por um ano na fronteira com o México, onde a violência do narcotráfico já deixou mais de 28.000 mortos em três anos e meio.

A nova lei permitirá que o país "continue fortalecendo sua segurança na fronteira sul" para "combater organizações criminosas transnacionais e reduzir o tráfico de pessoas, drogas, dinheiro e armas", explicou em uma entrevista coletiva Janet Napolitano, secretária de Segurança Interna.

"A esta altura, (o governo) já dedicou mais recursos à fronteira sul do que em qualquer outro momento da história americana", afirmou Napolitano.

De acordo com a secretária, os esforços do governo resultaram em um aumento das apreensões de contrabando, além de uma redução do número de imigrantes ilegais cruzando a fronteira - e estes avanços serão ampliados com as determinações da nova lei.

Napolitano disse ainda que, ao mesmo tempo que o governo Obama reforça a segurança na fronteira, continua comprometido com uma reforma migratória integral.

"Não são elementos sequenciais, é preciso implementar as coisas ao mesmo tempo", estimou.

Obama "disse desde o começo que a reforma migratória é uma de suas prioridades", lembrou a secretária.

Congressistas americanos são contra o debate de uma reforma migratória, alegando que é necessário mais segurança na fronteira. Os senadores John McCain e Jon Kyl, do Arizona (estado na fronteira EUA-México), reagiram à promulgação da lei afirmando que seu alcance não é suficiente para resolver os problemas da área.

Ainda durante a campanha eleitoral, Obama comprometeu-se com uma reforma migratória que abrisse caminho para regularizar a situação dos cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais que vivem atualmente nos Estados Unidos. No entanto, admite que falta apoio da oposição republicana para avançar o projeto no Congresso, onde está parado.

"Nada vai acontecer de maneira integral se apenas uma pessoa ou partido estiver envolvido", declarou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.