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Fidel Castro diz que aos 84 anos ainda é o mesmo revolucionário

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Agência AFP

HAVANA - Cuba festeja nesta sexta-feira os 84 anos de Fidel Castro, que garante "não ter mudado" desde que se fez revolucionário, e comemora a data com advertências sobre uma guerra nuclear, e expressando suas ideias sobre a paz na Colômbia e a situação política no México.

"Não mudei. Sou fiel aos princípios e à ética que estão comigo desde que me fiz revolucionário", disse Castro em artigo publicado nesta sexta-feira na imprensa local.

Os festejos estão concentrados numa jornada cultural que começou na quinta e será concluída neste sábado com o lema "Com Fidel e pela paz", incluindo concertos, lançamento de livros, mostra de pinturas, e apresentação de coros infantis.

O governo não inclui a data em seu calendário oficial revolucionário, mas vê com complacência iniciativas desse tipo realizadas por organizações juvenis e entidades culturais.

A imprensa local, faz alusões frequentes ao aniversário, enquanto que o jornal Granma enviou equipe de reportagem à aldeia natal de Castro, em Birán, a 750 km a leste de Havana.

No dia anterior, Fidel Castro, que continua sendo primeiro secretário do Partido Comunista, recebeu a senadora colombiana Piedad Cordoba, que já foi mediadora de libertações de reféns da guerrilha, para discutir o processo de paz na Colômbia. Fidel publicou um livro sobre o assunto em 2008.

Castro multiplicou suas aparições públicas no último mês, indo se encontrar com intelectuais ou diplomatas cubanos, e participando, no dia 7 de agosto, da sua primeira sessão no Parlamento depois de quatro anos, onde advertiu para o perigo de uma guerra nuclear entre os Estados Unidos, o aliado israelense e o Irã.

Desde seu retorno, que coincidiu com o anúncio da libertação de 52 prisioneiros políticos, Fidel Castro, que se dedicou a escrever suas memórias e notas para a imprensa local, jamais falou sobre a situação da ilha, que enfrenta uma grave crise socioeconômica.

Quando sucedeu formalmente a seu irmão mais velho, em fevereiro de 2008, o general Raúl Castro, 79 anos, garantiu que iria consultar o "comandante-em-chefe" em todas as decisões importantes.