Agência AFP
LOS ANGELES - Um tenente-coronel dos marines, liberado em 2008 da acusação que pesava contra ele relacionada com a matança de Haditha, o pior crime de guerra atribuído aos Estados Unidos no Iraque, foi obrigado a se reformar antecipadamente pela hierarquia militar americana, afirmaram seus advogados esta segunda-feira.
Jeffrey Chessani, o acusado de maior patente em um caso de crime de guerra no Iraque desde a invasão americana de 2003, havia sido levado à corte marcial acusado de "faltar ao dever de um oficial" e de "não ter executado uma ordem legal", embora em junho de 2008 tenha sido liberado das acusações.
"O tenente-coronel Jeffrey Chessani teve na sexta-feira, 16 de julho, seu último dia de serviço ativo", disseram seus advogados do escritório Thomas More Law Center em um comunicado.
Chessani não era diretamente acusado da matança de 24 civis em 19 de novembro de 2005, mas sim de não ter investigado corretamente o caso.
Até agora, nenhum soldado americano foi condenado pela matança. Dos 8 marines acusados inicialmente, 7 já foram absolvidos, enquanto o processo contra o oitavo só terá início em 13 de setembro.
Os Estados Unidos invadiram o Iraque no começo de 2003, afirmando que o regime de Saddam Hussein possuía "armas de destruição em massa" que seriam um perigo para a humanidade. No entanto, as supostas armas nunca foram encontradas.