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Canadense detido em Guantánamo rejeita acordo com justiça dos EUA

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Agência AFP

WASHINGTON - Um jovem canadense, último cidadão ocidental que se encontra detido na prisão militar americana de Guantánamo, informou nesta segunda-feira ter negado declarar-se culpado em troca de uma redução da pena, conforme oferta da justiça americana. "Não aceitarei nenhuma oferta porque isso dará ao governo dos Estados Unidos uma desculpa para ter me torturado e maltratado quando era era uma criança", declarou Omar Khadr, de 23 anos, ante um tribunal militar.

O preso confirmou que foi oferecido um acordo segundo o qual apenas cumpriria cinco anos de prisão dos 30 que a justiça prevê em seu caso, se confessasse crimes de guerra que são castigados com prisão perpétua.

As forças americanas no Afeganistão detiveram Khadr quando ele tinha apenas 15 anos, em junho de 2002. Foi indiciado por crimes de guerra por ter supostamente lançado uma granada que acabou com a vida de um soldado americano.

Seu julgamento, por assassinato e terrorismo, será iniciado em agosto.