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Rússia nega assistência militar ao Quirguistão

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Jornal do Brasil

DA REDAÇÃO - Mais de 75 mil uzbeques habitantes do Quirguistão a maioria mulheres acompanhadas de crianças e idosos atravessaram a fronteira do Uzbequistão domingo em uma corrida desesperada para fugir do pior massacre étnico registrado na região nos últimos 20 anos. Uma multidão quirguiz assassinou centenas de habitantes uzbeques neste fim de semana, incendiou casas e tomou o controle da cidade de Osh, a segunda maior do país, envolto em uma grave crise política depois que o ex-presidente Kurmanbek Bakiyev foi derrubado em um sangrento golpe de Estado em abril.

A maioria dos uzbeques no sul, onde Bakiyev nasceu, apoiam o governo interno, enquanto os quirguizes favorecem o líder deposto.

A presidente interina Rosa Otunbayeva pediu assistência militar russa para tentar restabelecer a ordem no país, mas Moscou recusou-se a oferecê-la, estimando que se tratava de um conflito interno , segundo o Kremlin. Domingo, o presidente russo Dmitri Medvedev enviou uma ajuda humanitária às regiões atingidas e paraquedistas para protegerem a base e o pessoal militar russo no país considerado estratégico.

O governo interino declarou estado de emergência nas cidades mais afetadas, mobilizou o Exército e deu ordem para que seus militares atirem para matar se isso for preciso para abafar os confrontos.

Os Estados Unidos pediram uma rápida restauração da paz e da ordem pública e afirmaram que apoiam os esforços da ONU para ajudar a trazer um fim à violência étnica que vem provocando um massacre na região.