Agência AFP
XANGAI - O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, afirmou nesta sexta-feira que o presidente Barack Obama cometeu um grave erro ao promover sanções na ONU ao invés de estabelecer vínculos amistosos com o povo iraniano.
"Creio que o presidente Obama cometeu um grave erro. Ele sabe que a resolução do Conselho de Segurança da ONU não terá efeito", disse Ahmadinejad, em Xangai, onde participou do "Dia do Irã" na Exposição Universal.
"Muito em breve ele se dará conta de que não fez uma boa escolha e que bloqueou a via para estabelecer vínculos amistosos com o povo iraniano". Ahmadinejad acusou ainda os Estados Unidos de protegerem Israel, que, segundo suas palavras, é um país condenado.
O presidente iraniano questionou os argumentos dos Estados Unidos para justificar as sanções. "Está claro que os Estados Unidos não são contra as bombas atômicas porque têm na região um regime sionista com bombas atômicas", declarou.
"Os Estados Unidos estão tentando salvar o regime sionista, mas o regime sionista não sobreviverá. Está condenado", enfatizou.
Também chamou de "instrumento ditatorial" o Conselho de Segurança da ONU, que votou as sanções contra seu país. "Acabou o tempo da intimidação e da coerção", acrescentou.
Acusou ainda as potências nucleares de quererem monopolizar a tecnologia nuclear. "As potências nucleares não deixam outros países utilizarem a energia nuclear, inclusive se for de forma pacífica. Algumas delas já utilizaram bombas destruidoras".
"Essas potências querem monopolizar a ciência e a tecnologia a fim de proteger seus interesses materiais", acusou.
Na quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU votou novas sanções militares e financeiras contra o Irã em razão de seu controvertido programa nuclear. Nesta ocasião, as sanções foram votadas com o apoio da China, tradicional aliado de Teerã.