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BRASÍLIA - Três dos sete navios que integravam a flotinha atacada por Israel no dia 31 de maio não transportavam ajuda humanitária, segundo comunicado divulgado pela embaixada israelense em Brasília nesta quinta-feira. Ainda de acordo com a nota, as embarcações Challenger 1, Sfendonh e Mavi Marmara - onde estavam os nove ativistas mortos - carregavam apenas os pertences dos passageiros.
A respeito da carga destinada aos moradores de Gaza, a embaixada israelense afirmou que estava espalhada pelos porões dos barcos, e não devidamente embalada para o transporte.
A embaixada israelense disse ainda que os medicamentos e equipamentos sensíveis (equipamentos cirúrgicos, por exemplo) estão armazenados no Ministério da Defesa, mas ressalta que a validade de alguns medicamentos já expirou e que parte das roupas e calçados está muito desgastada pelo uso.
No dia 31 de maio, uma flotilha com ativistas e itens de sobrevivência partiu em direção a Gaza tentando furar um bloqueio anunciado pelo Estado judeu e, ainda em águas internacionais, foi interceptada pelo exército de Israel.
Os ativistas e os soldados entraram em confronto. Nove simpatizantes das causas palestinas foram mortos e vários ficaram feridos. Os integrantes do exército também sofreram ferimentos. Os corpos foram enviados para a Turquia.
A ação do exército israelense causou várias manifestações ao redor do mundo. No Brasíl, instituições ligadas à causa palestina se reuniram no vão do Masp na sexta-feira passada.