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Unesco premia jornalista chilena torturada na ditadura de Pinochet

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Agência AFP

PARIS - A Unesco entregou nesta terça-feira à jornalista chilena Mónica González Mujica, presa e torturada sob a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), o Prêmio Mundial Guillermo Cano de Liberdade de Imprensa, e um cheque de 25.000 euros (34.000 dólares), informou a organização.

"Mónica González deu provas de valor e mostrou o lado obscuro do Chile ao longo de toda sua vida profissional", disse Joe Thloloe, presidente do jurado e ombudsman do Conselho de Imprensa da África do Sul, segundo um comunicado da Unesco.

"Ela tem o espírito que inspira o prêmio. Foi presa, torturada e processada, mas continuou firme", disse.

A diretora geral da Unesco, a búlgara Irina Bokova, fará a entrega do prêmio a González no próximo dia 3 de maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, em uma conferência que neste ano ocorrerá em Brisbane, na Austrália, informou a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

Nascida em 1949, González ficou quatro anos exilada depois do golpe militar de 1973. "Em 1978, voltou ao Chile, onde o assédio dos serviços secretos lhe fizeram perder vários empregos", lembrou o comunicado da Unesco.

"Como jornalista, investigou diversos casos de violação aos direitos humanos assim como as manobras financeiras do general Pinochet e de sua família", completou.