Agência AFP
PARIS - A justiça francesa negou nesta quinta-feira ao venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, conhecido como "Carlos, o Chacal", a possibilidade de ver antes da exibição por um canal de televisão o filme que foi feito sobre sua vida.
Segundo a juíza Dominique Lefebvre Ligneul, seria uma medida de interferência submeter a obra a um terceiro antes de qualquer decisão de publicação, pois feriria a liberdade dos autores e sua liberdade de expressão que é garantida pela Constituição.
"Carlos, o Chacal" reclama desde janeiro passado o direito de ver o filme sobre sua vida dirigido por Olivier Assayas para ser exibido no Canal+.
O terrorista Carlos Ilich Ramírez Sánchez, 60 anos, foi capturado em 1994, em Cartum, e condenado à prisão perpétua pela justiça francesa pelo assassinato, em 1975, de dois policiais e um informante na capital francesa.
Em janeiro do mesmo ano, disparou no aeroporto parisiense de Orly contra um avião da companhia israelense El Al, sem atingi-lo.
Lenda do terrorismo internacional dos anos 70 e 80, Ilich Ramírez, nascido em Caracas, em 1949, era membro da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), esteve vinculado ao espectacular sequestro, em 1975, em Viena, de 11 ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).