Agência ANSA
MONTEVIDÉU - Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da Argentina, Cristina Kirchner; e do Paraguai, Fernando Lugo, confirmaram participação na cerimônia de posse do presidente eleito do Uruguai, José Mujica, marcada para 1º de março.
De acordo com o jornal El País, a Espanha também informou que enviará como seu representante o príncipe Felipe de Astúrias. Ainda estão pendentes as vindas dos mandatários da Venezuela, Hugo Chávez; da Bolívia, Evo Morales; e do Equador, Rafael Correa.
Se houver tempo bom, a posse de Mujica será um ato popular ao ar livre, com o juramento do novo gabinete de governo na Praça da Independência, em Montevidéu, ao lado do monumento em homenagem ao heroi nacional José Artigas. Após a solenidade haverá um espetáculo artístico.
Outra novidade é que o juramento de Mujica será tomado por sua mulher, a senadora Lucía Topolanski, na condição de titular da Assembleia Geral do Uruguai (Congresso nacional).
A cerimônia de instalação dos novos legisladores, no dia 15 de fevereiro, também terá uma proposta singular, com festejos populares.
Mujica, de 74 anos, que venceu o segundo turno do pleito presidencial no dia 29 de novembro e é conhecido por seu estilo de linguagem e atuação informais, dará início ao segundo governo consecutivo da aliança de esquerda Frente Ampla, que também levou ao poder o atual mandatário, Tabaré Vázquez.
Paralelamente às notícias sobre a posse, o jornal Ultimas Noticias divulgou que o presidente eleito, seguindo o anúncio feito anteriormente de que doaria parte de seu salário, receberá cifras mensais líquidas próximas a 32 mil pesos uruguaios ( US$ 1,6 mil), o valor normal para o cargo é de 250 mil pesos mensais (US$ 12,5 mil).
A medida segue os critérios do Movimento de Participação Popular (MPP), corrente da Frente Ampla que critica os altos salários hierárquicos.