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Organização internacional diz que paramilitares ainda agem na Colômbia

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Agência ANSA

LONDRES - O diretor para as Américas da organização Human Rights Watch (HRW), José Miguel Vivanco, afirmou que grupos paramilitares seguem atuando na Colômbia, ao contrário do que costuma ser dito pelo governo do país.

Segundo Vivanco, que apresentou um relatório da HRW em Bogotá, grupos "sucessores" das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) "cometem habitualmente massacres, execuções, violações sexuais e extorsões e geram um clima de ameaça nas comunidades que estão sob sua influência".

O documento apresentado pelo diretor da organização, denominado "Herdeiros dos paramilitares. A nova cara da violência na Colômbia", levou dois anos para ser elaborado.

De acordo com o estudo, ao menos 4.000 paramilitares ainda estão armados em 24 dos 32 departamentos (estados) do país.

Para Vivanco, é questionável que a Colômbia tenha investido mais de US$ 1 milhão em propaganda e esforços para assinar um Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos, enquanto só quatro promotores e 12 investigadores tratem do tema dos paramilitares no país.

Segundo o governo do presidente Álvaro Uribe, não existem mais grupos paramilitares na Colômbia, e sim "bandos emergentes" de criminosos.

- Independentemente de como se chame esses grupos, não se deve minimizar o impacto que eles exercem atualmente sobre os direitos humanos na Colômbia - ressaltou Vivanco.