Agência ANSA
LIMA - Equipes do Exército e da Polícia do Peru iniciaram o terceiro dia de operações para retirar os turistas que ainda permanecem ilhados nas proximidades do sítio arqueológico de Machu Picchu, sudeste do país.
Segundo fontes oficiais, 11 helicópteros, com capacidade para retirar entre 20 e 22 pessoas por hora, foram destinados às operações. Se o clima ajudar, serão resgatados hoje 800 turistas que ainda esperam por socorro.
Na quarta-feira, ainda havia cerca mil pessoas isoladas na região, que teve sua comunicação com as demais áreas do país interrompida pelas fortes chuvas dos últimos dias. Outras 800 já foram retiradas das zonas afetadas.
As pessoas resgatadas são levadas à cidade de Cuzco, capital do departamento de mesmo nome, onde se espera a chegada de aviões militares de Brasil e Chile, para que os brasileiros (estimados em 120) e os chilenos (cerca de 390) retornem aos seus países.
Até o momento, autoridades locais confirmaram a morte de cinco pessoas e estimam que pelo menos 20 mil foram afetadas pelas inundações.
Ontem, o governo informou também que não está fazendo distinção entre os grupos a serem retirados dos locais ilhados. - A evacuação não leva em conta a nacionalidade, mas sim o estado de saúde das pessoas e as prioridades que os direitos humanos estabelecem em casos de desastres - esclareceu o ministro do Comércio Exterior peruano, Martín Pérez.
Estima-se, contudo, que haja outras 670 pessoas em Machu Picchu. Elas teriam saído há alguns dias em direção ao santuário inca. O percurso dura dias e é feito à pé.
Os turistas, que ainda se encontram no Peru, passam os dias e as noites em hotéis, restaurantes e barracas fornecidas pela Defesa Civil. Muitos denunciam a falta de comida e de água e dizem que as equipes têm atuado lentamente.