Agência Brasil
BRASÍLIA - Preocupado com as dificuldades para o resgate dos turistas que estão no sítio arqueológico de Machu Picchu e as queixas de desorganização nas buscas, o embaixador do Brasil no Peru, Jorge Taunay Filho, passa o dia na região de Cuzco. O diplomata vai tentar acelerar a retirada dos cerca de 180 brasileiros que ainda estariam no local. O governo peruano colocou 11 helicópteros e 36 voos à disposição dos estrangeiros, segundo dados oficiais.
Porém, o mau tempo nas últimas horas atrapalhou as operações em Machu Picchu. De acordo com observadores brasileiros, o governo do Peru resiste à ajuda internacional na ação de resgate dos turistas. No entanto, os governos da Argentina e do Chile enviaram aviões com o objetivo de buscar os turistas que estão em Machu Picchu.
O ministro de Relações Exteriores do Peru, José Antonio García Belaunde, afastou a possibilidade de riscos e ameaças aos estrangeiros.
- Os turistas estão bem e não correm risco - disse ele. Ontem (27) o embaixador do Peru no Brasil, Hugo De Zela, esteve no Itamaraty para informar que todos os esforços são realizados e que a prioridade é resgatar idosos, doentes, crianças e suas mães.
De acordo com o Itamaraty, foram resgatadas 800 pessoas, das cerca de 2 mil que estavam na área de Machu Picchu, sendo que pelo menos 30 eram turistas brasileiros.
Pelos dados oficiais, a chuva e as enchentes que atingem o Sul do Peru, que causaram o transbordamento dos rios Vilcanota e Blanco, provocou pelo menos dez mortes. Há aproximadamente 11.770 pessoas atingidas, das quais 6.481 estariam desabrigadas.
Foram destruídas plantações de milho, e as ruínas de diversos sítios arqueológicos sofreram danos embora as perdas ainda estejam sendo avaliadas.