Agência ANSA
CIDADE DO MÉXICO - O presidente do México, Felipe Calderón, manifestou sua "mais sentida solidariedade" ao Haiti e prometeu enviar ajuda ao país, que foi atingido terça-feira por um forte terremoto de 7 graus na escala Richter.
Um comunicado emitido pela presidência diz que Calderón acompanha de perto a situação e já pediu a seu Ministério das Relações Exteriores que "estabeleça os contatos necessários que permitam conhecer em detalhe as necessidades do governo haitiano, a fim de apoiar a população e trabalhar pela normalização da vida cotidiana na ilha".
A Chancelaria, por sua vez, ativou um plano emergencial para tentar localizar cidadãos mexicanos que estejam no país. O embaixador do Haiti no México, Robert Manuel, definiu o quadro como "catastrófico" e anunciou a criação de um comitê para canalizar a ajuda humanitária que o governo e a população mexicana possam proporcionar.
O tremor, o mais forte a atingir o Haiti em 200 anos, foi sentido às 16h53 locais (19h53 em Brasília) e seguido de uma série de réplicas de menor intensidade. O epicentro do abalo foi registrado a 15 quilômetros da capital Porto Príncipe.
As comunicações foram interrompidas, o que num primeiro momento dificultou a obtenção de informações, mas já se sabe que houve uma grande destruição. Edifícios públicos foram atingidos, incluindo a sede do governo e um prédio da Organização das Nações Unidas (ONU).
O Exército brasileiro confirmou a morte de quatro oficiais. O Brasil mantém um contingente de quase 1.300 homens no país, que lideram a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). A médica pediatra Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, estava no Haiti e também morreu.