Laryssa Borges, Portal Terra
BRASÍLIA - Um dia após a visita de Estado do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil, o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, rebateu críticas à defesa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez do processo de enriquecimento de urânio para fins pacíficos.
- O Brasil defendeu para o Irã a mesma política que estamos defendendo para nós mesmos, isto é, o processo de enriquecimento de urânio para fins pacíficos sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica. Se algum país criticou isso, criticou de forma errada - disse.
A política de Teerã de desenvolver o projeto é vista pelos Estados Unidos como um risco para a produção de armamentos e até da bomba atômica. Nesta segunda, ao receber Ahmadinejad em Brasília, Lula resumiu o entendimento do governo brasileiro sobre o tema: "o que temos defendido há muito tempo é que o Irã tenha o direito de enriquecer urânio para produção de energia com fins pacíficos, como o Brasil está desenvolvendo".
Ainda segundo o assessor, Lula deverá retribuir a visita do mandatário iraniano no ano que vem, visitando o Oriente Médio e o Irã.
- O presidente deve ir ao Oriente Médio no ano que vem. Vamos ter duas oportunidades - afirmou. - O presidente irá à Jordânia, Israel e Palestina, e um pouco depois, ao Irã.
- Nós tivemos uma situação privilegiada. Em um espaço de dez dias estiveram aqui no Brasil o presidente de Israel, o presidente da Autoridade Palestina e o presidente do Irã, que são três líderes importantes - disse.
- O Itamaraty continua fazendo seu trabalho cotidiano, mas já alimentado por essas novas informações e opiniões que aqui chegaram.