Agência ANSA
CIDADE DO VATICANO - O secretário de Culto da Argentina, Guillermo Oliveri, classificou a viagem conjunta que as presidentes argentina, Cristina Kirchner, e chilena, Michelle Bachelet, farão ao Vaticano como um acontecimento incomum.
As duas têm um encontro marcado com o papa Bento XVI no próximo sábado. A reunião comemora os 25 anos da assinatura do Tratado de Paz e Amizade de 1984, que pôs fim ao conflito de Beagle, que envolveu os dois países e foi finalizado com a mediação de João Paulo II.
- É um feito inusual para a Santa Sé, que receberá pela primeira vez duas presidentes juntas para comemorar o resultado de uma intervenção exitosa para deter um conflito - explicou Oliveri.
Sobre a interferência papal nas tensões entre Argentina e Chile, Oliveri classificou a ação como "fundamental para deter um enfrentamento armado entre dois países irmãos".
O secretário de Culto argentino acrescentou também que a visita das mandatárias é "significativa" para ambas nações sul-americanas e para o Vaticano, "porque se trata da ratificação de um processo de paz, que há poucos dias recebeu uma ampliação" através do Tratado de Maipú, firmado entre Cristina e Bachelet.
O acordo, assinado em outubro, reforça principalmente os laços de cooperação em infraestrutura, defesa, livre circulação de pessoas e mineração entre Chile e Argentina.