Agência ANSA
CARACAS - O governo da Venezuela apresentará "provas" de ações colombianas contra o seu território na reunião do Conselho de Defesa da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), na sexta-feira, em Quito, Equador, garantiu hoje o chanceler Nicolás Maduro.
- Levaremos nosso planejamento e as provas que temos sobre todas as incursões paramilitares e as tentativas de desestabilização - apontou o venezuelano.
A "principal prova" será "o documento assinado indignamente pelo chanceler da Colômbia (Jaime Bermúdez) e o ministro da Defesa dessa nação (Gabriel Silva) com o embaixador dos Estados Unidos no país, William Brownfield", explicou Maduro.
O diplomata venezuelano classificou o documento em questão como "a prova da entrega do território" colombiano.
Assim, Maduro faz referência ao acordo militar assinado por Bogotá e Washington no dia 30 de outubro, que permite aos Estados Unidos enviarem até 1.400 oficias a sete bases colombianas.
- Queremos advertir sobre o perigo que representa o governo da Colômbia, com essa gente que pretende, com cinismo, sorrisos, frases elegantes e falsos chamados ao diálogo, encobrir um processo de guerra contra nosso país e a América Latina - indicou o venezuelano.
Maduro garantiu que, no evento de sexta-feira, fará uma clara exposição sobre a necessidade da "América do Sul trabalhar em um plano de paz para a Colômbia, para acabar com a produção e o tráfico de drogas" a partir desse país.
Nas últimas semanas, além disso, a fronteira binacional foi palco de casos de violência, assassinatos e prisões.
Em julho, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez decidiu congelar as relações com Bogotá após ser acusado de ter contrabandeado armas a guerrilheiros.