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PARIS - Nicolas Sarkozy defendeu seu ministro da Cultura, Frédéric Mitterrand, depois da polêmica provocada por suas declarações sobre o cineasta Roman Polanski.
Em uma entrevista ao jornal francês Le Figaro, divulgada nesta quinta-feira, o presidente francês estimou que o livro "Le Mauvaise vie" (A vida má , em tradução livre), em que o autor lembra cenas de turismo sexual que testemunhou em 2005, não constitui um ato de proselitismo.
- Frédéric Mitterrand nunca fez apologia do turismo sexual e condenou em termos muito fortes a prática. Não se deve confundir confissões íntimas com proselitismo - disse Sarkozy.
- É uma volta à Idade Média que envergonha quem empregou esse argumento - acrescentou.
Mas o presidente francês disse entender que os franceses tenham se "chocado" com o apoio de Mitterrand ao cineasta Roman Polanski, detido na Suíça em setembro por ter tido relações sexuais com uma menor de idade em 1977 nos EUA.
- Frédéric Mitterrand reconheceu que sua declaração foi um erro e disse que se arrependeu - disse Sarkozy.