ASSINE
search button

Grupo de direitos humanos da ONU julga condenar Israel por Gaza

Compartilhar

REUTERS

GENEBRA - Líderes israelenses e palestinos devem iniciar investigações de supostos crimes de guerra em Gaza para ajudar a reconstruir a confiança e apoiar o processo de paz, disse a alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos nesta quinta-feira.

Durante a abertura da reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre a questão, Navi Pillay afirmou que todos os lados do conflito continuam a violar leis internacionais e expressou preocupação de que os transgressores seguem impunes.

- Uma cultura de impunidade continua a prevalecer nos territórios ocupados e em Israel - afirmou aos 47 membros do grupo, pedindo por "investigações imparciais, independentes, imediatas e efetivas sobre supostas violações de direitos humanos e leis humanitárias".

Em sessão especial que deve continuar na sexta-feira, os enviados de Genebra se reuniram para considerar uma resolução que puna Israel por não cooperar com uma missão da ONU sobre a guerra em Gaza, no início do ano.

No relatório circulado no mês passado, os investigadores liderados pelo jurista sul-africano Richard Goldstone acusou Israel e o grupo militante palestino Hamas de crimes de guerra em Gaza, mas foram mais críticos a Israel do que ao Hamas.

Israel rejeitou as acusações do relatório. No entanto, o país foi pressionado pelo Conselho de Segurança da ONU na quarta-feira para que investigue por completo as acusações

O embaixador de Israel da ONU em Genebra, Aharon Leshno Yaar, disse que a resolução do Conselho de Direitos Humanos esboçada pelos palestinos com Egito, Nigéria, Paquistão e Tunísia, representando nações africanas, islâmicas e árabes não-alinhadas ameaça "retroceder esperanças de paz".

O texto pede que a Assembleia Geral da ONU considere o relatório de Goldstone e que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reveja a adesão de Israel.