ASSINE
search button

Colômbia: sinal verde para extradição de pivô de esquema de pirâmide

Compartilhar

Agência ANSA

BOGOTÁ - A Suprema Corte de Justiça da Colômbia emitiu hoje um "conceito favorável à extradição" aos Estados Unidos de David Murcia Guzmán, fundador e sócio majoritário da empresa DMG, vinculada a um esquema de pirâmides financeiras deflagrado no ano passado.

A decisão foi anunciada pela Sala de Cassação Penal da Suprema Corte, que estudou um pedido da Corte Distrital dos Estados Unidos do Distrito Sul de Nova York, onde o colombiano foi acusado por "conspiração para lavagem de dinheiro".

Dias atrás, conforme informou o jornal El Tiempo, de Bogotá, a Procuradoria Geral da Colômbia também havia emitido seu parecer favorável à extradição. Agora, com o aval da Suprema Corte, caberá ao governo colombiano decidir se envia ou não Guzmán aos Estados Unidos.

No último mês de maio, os advogados de defesa explicitaram o desejo de seu cliente de ser julgado pela justiça norte-americana, por considerá-la "mais rápida e segura". Guzmán está preso em Bogotá desde novembro de 2008, quando foi capturado e entregue à Colômbia por autoridades do Panamá.

Em agosto, ele, que se diz inocente, foi acusado e considerado culpado pela Justiça colombiana pelos crimes de "lavagem e captação ilegal de recursos, enriquecimento ilícito e concerto para delinquir", segundo o El Tiempo.

A DMG era uma empresa que facilitava a compra de produtos abaixo do preço de mercado para seus filiados com a promessa de devolução de parte dos valores. Cerca de 200 mil famílias eram filiadas ao esquema.

Em novembro, o caso veio à tona quando a empresa, que tinha 59 unidades espalhadas por 20 estados, fechou suas portas sem antes restituir o dinheiro prometido aos clientes.

Guzmán, de 29 anos, declarou também que pelo menos uma de suas empresas mantinha acordos com os filhos do presidente colombiano, Álvaro Uribe, o que foi negado pelo governo. Ele também alegou ter feito doações a um candidato à presidência do Panamá.