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Obama diz que solução para guerra no Afeganistão está distante

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Portal Terra

SÃO PAULO - Em entrevista ao apresentador David Letterman, exibida no Brasil nesta terça-feira pelo canal de televisão a cabo GNT, o presidente norte-americano Barack Obama admitiu que a solução para a guerra no Afeganistão está longe de ser encontrada.

- Uma coisa que aprendi como presidente é que se as soluções fossem fáceis, elas não chegariam na minha mesa - argumentou.

Durante o programa de uma hora, Obama abordou principalmente temas como a reforma na saúde, a crise econômica e os conflitos no Iraque e no Afeganistão. Sobre esses conflitos, Obama reiterou a promessa de retirar todos os soldados do Iraque até 2011, mas admitiu que a questão no Afeganistão é mais complicada.

- Entendo que os americanos estão cansados da guerra, os afegãos também estão frustrados pois a estabilidade prometida não aconteceu, mas quando entramos no país, há oito anos, não sabíamos muito bem o que queríamos encontrar - declarou.

Obama acredita que a estratégia deveria ser melhor planejada para evitar um conflito tão longo, mas ao mesmo tempo considera que há riscos muito grandes tanto em retirar as tropas agora quanto em enviar mais tropas para o país.

- Não adianta olhar para trás agora. Eu preciso justificar aos pais dos soldados que vão para a guerra que eles estão lutando pela América, e ao justificar isso, preciso de um plano de ação muito bem definido - afirmou.

O presidente norte-americano também minimizou as afirmações de Jimmy Carter, que condenou as atitudes racistas, segundo ele, de alguns deputados que condenavam seus projetos.

- O que as pessoas tem dificuldade em perceber é que eu já era negro antes de ser presidente - afirmou, acreditando que toda mudança mais drástica na política provoca alvoroços.

- O comportamento dos congressistas republicanos não é atípico - declarou.

Sobre a reforma na saúde, Obama disse que não considera razoável a opinião de alguns ativistas, que o chamam de fascista.

- Não vejo como fascista a ideia de evitar que as pessoas venham a falir, percam suas casas e seus bens só porque seus filhos ficaram doentes - disse.

Obama voltou a defender a reforma na saúde no país, na qual propõe que o governo ajude as pessoas que não tem acesso a pagar planos de saúde particulares. Durante a conversa, Obama voltou a afirmar que outros líderes mundiais não entendem como os EUA não possuem alternativas melhores de saúde pública.