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BOGOTÁ - Rebeldes colombianos afirmaram que irão libertar dois reféns em um gesto unilateral que pode preparar o terreno para uma troca ampla de prisioneiros por ambos os lados envolvidos na guerrilha de 45 anos no país.
Os soldados Pablo Moncayo e Josue Calvo estão presos em campos secretos na selva pela maior guerrilha colombiana, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Eles e outros 22 membros sequestrados das forças de segurança estatais estão sendo usados como moeda de troca pelos rebeldes marxistas, que querem negociar a liberdade de centenas de combatentes presos pelo governo.
- Com esse gesto unilateral de libertação reafirmamos nossa vontade em avançar nas trocas de todos os prisioneiros de guerra, estejam eles presos pelas guerrilhas ou pelo Estado - afirmaram as Farc em comunicado.
A troca pode ser um passo rumo ao diálogo visando o fim da guerra, segundo o grupo. Mas o governo do presidente Alvaro Uribe afirma que as guerrilhas financiadas pelo narcotráfico devem baixar suas armas e deixar o crime antes que as negociações possam começar.
Moncayo, capturado palas Farc em 1997, se tornou um símbolo do sofrimento das vítimas sequestradas desde que seu pai Gustavo Moncayo começou a campanha para sua libertação, atando-se a correntes e andando pela Colômbia.
Calvo foi raptado no início deste ano. A senadora da oposição Piedad Cordoba foi designada por Uribe para ajudar e mediar a libertação dos reféns.