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BANGCOC - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, delineou nesta quarta-feira a possível estratégia dos Estados Unidos para lidar com eventuais armas nucleares do Irã. A ideia é dar armas a aliados de Washington na região do golfo Pérsico e ampliar um 'guarda-chuva de defesa' na área. Mais tarde, porém, ela afirmou que não estava sugerindo uma nova política, e reiterou que seria inaceitável que o Irã adquira armas nucleares.
Falando inicialmente em Bangcoc, Hillary disse que a entrada no clube nuclear não deixaria o Irã mais seguro. Os EUA acusam Teerã de tentar desenvolver armas atômicas, enquanto a República Islâmica garante que seu objetivo é apenas gerar energia nuclear para fins pacíficos.
- Ainda manteremos as portas abertas para um diálogo com o Irã, mas também deixamos claro que iremos tomar medidas, como eu já disse reiteradamente, ações paralisantes, trabalhando para melhorar a defesa dos nossos parceiros na região - afirmou ela em um programa gravado para a televisão tailandesa.
- Queremos que o Irã calcule o que eu acho que é uma avaliação justa, que se os EUA ampliarem um guarda-chuva de defesa sobre a região, se fizermos ainda mais para apoiar a capacidade militar dos (aliados) que estão no Golfo, é improvável que o Irã fique mais forte ou mais seguro, porque não conseguirá intimidar e dominar como aparentemente eles acreditam que conseguirão quando tiverem uma arma nuclear - afirmou.
Uma importante fonte oficial dos EUA disse que as declarações de Hillary devem ser vistas no contexto dos argumentos apresentados publicamente por Washington para dissuadir Teerã do seu programa nuclear, e não como um sinal de que os EUA estariam resignados com a perspectiva de o Irã ter armas atômicas.
Chamada a explicar o tal 'guarda-chuva de defesa', durante entrevista coletiva posterior no balneário tailandês de Phuket, Hillary disse: 'Eu estava simplesmente apontando que o Irã precisa entender que sua busca por armas nucleares não irá promover sua segurança nem alcançar as metas de reforçar seu poderio, nem regional nem globalmente'.