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ONU pronta para ajudar Rússia a investigar assassinatos

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Mônica Villela Grayley, Rádio das Nações Unidas

NOVA YORK - Um grupo de sete relatores especiais das Nações Unidas se ofereceu para ajudar as autoridades russas a investigar assassinatos de ativistas no país.

Num comunicado, divulgado nesta terça-feira, o grupo reforçou seu pedido para dar assistência técnica ao trabalho de apurar uma série de mortes de defensores de direitos humanos, advogados e jornalistas ocorridas nos últimos anos.

Muitos destes crimes foram cometidos na Chechênia, no sul da Rússia, e em outras repúblicas do norte do Cáucaso. A nota também menciona o assassinato da ativista Natalia Estemirova, na semana passada.

Ela foi morta com tiros na cabeça e no peito após ser sequestrada em sua casa em Grozni, capital da Chechênia.

Os relatores lembraram as palavras de indignação e as promessas dos líderes russos de levar os autores do crime à justiça.

Mas segundo o grupo, estas ações não terão muito efeito a não ser que as autoridades tomem medidas para acabar com o que eles chamaram de "círculo da impunidade".

No comunicado, o grupo afirmou que o governo da Rússia é responsável pela proteção dos ativistas de direitos humanos contra atos de violência, retaliação, ameaças e pressão que possam resultar do trabalho dos defensores.

Execuções Sumárias

Natalia Estemirova, morta na semana passada, trabalhava como pesquisadora, na ONG de direitos humanos Memorial, investigando casos de sequestro, tortura e execuções sumárias, que segundo alegações, estariam sendo cometidos por milícias apoiadas pelo governo da Chechênia.

O comunicado foi assinado por sete especialistas incluindo o relator sobre execuções sumárias e arbitrárias, o professor Philip Alston.