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Berlusconi defende existência do G8

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Agência ANSA

ROMA - O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, defendeu hoje a existência do G8 (grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia), pois é formado por nações que 'fundam a sua política em valores compartilhados, como a liberdade e a democracia'.

Em entrevista coletiva concedida hoje após o fim dos trabalhos da 35ª Cúpula do G8, Berlusconi afirmou que 'todos os formatos são válidos e continuarão em pé'. Desta forma, o chefe de Governo italiano rejeitou a proposta de que o G20 ou o G14, que incluem países emergentes, substituam o grupo dos industrializados.

Berlusconi também garantiu que o combate aos efeitos do colapso financeiro mundial começará a dar seus frutos. - Não há elementos suficientes para pensar que a crise continue assim ou se agrave - assegurou.

Durante a entrevista, o premier, que exerce a presidência rotativa do G8, rejeitou que sejam retomadas as "especulações internacionais" sobretudo em relação ao preço do petróleo, mas também sobre o preço do ferro, da soja e do grão de arroz. Os líderes pedirão que os órgãos internacionais responsáveis pelos preços desses produtos tomem atitudes contra sua oscilação.

A respeito dos avanços alcançados sobre o combate às mudanças climáticas, Berlusconi comemorou o que chamou de "um grande sucesso". O mandatário destacou "as aberturas muito, muito importantes" de China e Índia ao tema, já que os dois países "assumiram alguns empenhos".

Os líderes de Estados Unidos, Itália, Rússia, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Japão e Canadá se reuniram durante três dias para discutir, entre outros temas, seus compromissos contra o aquecimento global e as medidas de combate à crise econômica mundial.

Estiveram presentes os emergentes do chamado G5 (Brasil, África do Sul, Índia, China e México), representantes dos países africanos e também de entidades mundiais.