Jornal do Brasil
WASHINGTON - O diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) Leon Panetta, apresentou documentos a um juiz federal na segunda-feira nos quais alega que a divulgação de relatórios sobre o interrogatório de presos em Guantánamo causaria graves prejuízos à segurança dos EUA.
De acordo com a BBC, o chefe da CIA argumenta que a divulgação de inteligência descrevendo os duros métodos utilizados para extrair informações dos suspeitos revelaria estratégias demais aos inimigos do país. Os documentos entregues à Corte por Panetta respondem a uma ação iniciada por ativistas de liberdades civis que querem divulgar os relatórios da agência.
Ações legais já forçaram a revelação de memorandos emitidos pelo governo Bush que autorizavam os polêmicos métodos, como o afogamento simulado, chamado de water-boarding.
A CIA, no entanto, quer evitar a divulgação de mais inteligência, particularmente a que descreve em detalhes os métodos usados e quais informações foram obtidas com sucesso através deles.
Eu determinei que a divulgação das informações de inteligência sobre a Al Qaeda causará graves danos ao sistema de segurança nacional porque revelará aos nossos inimigos exatamente o que sabíamos sobre eles, e quando, e em algumas circunstâncias, como obtivemos a inteligência , escreveu Panetta.
Ele também reconheceu que a CIA destruiu 92 fitas cassete de interrogatórios realizados em 2002. Uma investigação está em curso para descobrir porque essas fitas foram destruídas.
Barack Obama também busca reverter uma decisão da Justiça americana ordenando a divulgação de fotos que retratam presos sendo torturados por soldados americanos.