Agência ANSA
CIDADE DO VATICANO - O Ministério das Finanças de Israel decidiu revogar uma ordem, anunciada no domingo, que determinava o congelamento dos fundos de uma instituição da Igreja Católica no Estado, declararam à ANSA fontes da Chancelaria israelense.
A decisão de confiscar fundos da Igreja Católica havia sido antecipada ontem pela ANSA e foi confirmada esta manhã pelo delegado da Custódia da Terra Santa, padre David Jaeger.
De acordo com Jaeger, que não quis revelar de qual instituição se trata, a ordem levava a assinatura de Yehezkel Abrahamoff, responsável pela arrecadação de impostos, e foi emitida no dia 20 de maio, cinco dias após o papa Bento XVI visitar Israel, como parte de sua peregrinação à Terra Santa.
No entanto, pouco após o prelado falar sobre o tema, fontes do ministério israelense informaram que a medida foi revogada e que havia sido assinada por 'falta de conhecimento [por parte do funcionário] da lista das instituições católicas que são negociadas entre Israel e a Santa Sé'.
Há 16 anos, Israel e Vaticano negociam um acordo de isenção fiscal e de propriedade para os edifícios da Santa Sé na Terra Santa. Entre as reivindicações do Vaticano, está a obtenção de personalidade jurídica para a Igreja Católica que, atualmente, não pode tutelar suas propriedades, quando ocupadas. Outra questão se refere à isenção de impostos, já que a lei israelense exime os locais de culto, como as sinagogas, do pagamento de tributos.
Segundo o delegado da Custódia da Terra Santa, a decisão de confiscar bens da Igreja Católica colocaria em risco as negociações. Por outro lado, ele também havia afirmado que a decisão deveria ser "resultado de um único funcionário, pouco informado"e desejou que a ordem fosse rejeitada e anulada por altos funcionários israelense.