Agência AFP
DA REDAÇÃO - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reafirmou nesta segunda-feira a disposição do Brasil de colaborar com a Colômbia na libertação dos reféns em poder da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), mas destacou que isto depende da vontade do governo em Bogotá.
Após lembrar da colaboração logística que o Brasil deu, em fevereiro passado, à libertação de dois políticos, três policiais e um soldado, Amorim disse em Cartagena, no norte da Colômbia, que "se houver outra situação para ajudar, estaremos prontos para fazê-lo, mas sempre a pedido do governo colombiano".
O chanceler destacou que o Brasil "respeita muito a soberania dos países e dos governos que foram eleitos por seus povos". As Farc mantêm em seu poder 22 militares, que planejam trocar por guerrilheiros presos, idéia rejeitada pelo presidente Alvaro Uribe.
As Farc anunciaram em 16 de abril passado sua intenção de libertar o cabo do Exército Pablo Emilio, um dos 22 reféns, mas pediram a presença da senadora Piedad Córdoba, o que foi rejeitado por Uribe. O presidente afirma que se a guerrilha quer realmente libertar o refém, deve entregá-lo ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR) ou à Igreja Católica.
Amorim foi a Cartagena para a instalação da primeira reunião da comissão mista Brasil-Colômbia, de onde seguiu para Bogotá, onde se encontrou com Uribe.