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Com epidemia, metrô da Cidade do México perde passageiros

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Agência ANSA

CIDADE DO MÉXICO - O metrô da Cidade do México, principal meio de transporte público da capital, registrou uma queda de 60% no número de passageiros desde que as medidas emergenciais foram impostas por autoridades do país por causa da epidemia da gripe A (H1N1).

Em dias normais, os trens da rede chegam a receber até cinco milhões de usuários. Agora, porém, de acordo com Francisco Bojórquez, diretor do Sistema de Transporte Coletivo (Metro), boa parte das cerca de 20 milhões de pessoas que vivem na Cidade do México entendeu que é necessário evitar grandes aglomerações, algo que vinha sendo insistentemente pedido pelo presidente Felipe Calderón.

Sempre lotadas, desde a semana passada as composições transitam quase vazias. Antes de serem colocadas em circulação, elas passam por um rigoroso processo de esterilização, realizado por funcionários. Além disso, durante o dia, voltam a ser limpas com produtos químicos sempre que chegam aos terminais das linhas.

Até o momento, o México confirma 358 casos de infecção pelo vírus influenza A, chamado de H1N1, dos quais 15 resultaram em morte. Para a Organização Mundial da Saúde, no entanto, há em todo o mundo 331 casos comprovados, distribuídos entre 11 países: México, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Suíça, Áustria, Israel, Espanha, Holanda, Reino Unido e Nova Zelândia.

Além das precauções já adotadas, Bojórquez explicou que está prevista a instalação de máquinas com gel desinfetante para que os passageiros possam limpar suas mãos antes e depois de usarem o sistema de metrô da cidade.

Hoje, o procedimento já é adotado, mas por meio de funcionários que fazem a distribuição do produto antisséptico aos passageiros. Também são dadas luvas de silicone e máscaras cirúrgicas.

Ontem, o governo mexicano decidiu ampliar as restrições que impõe desde o início da epidemia. Até o dia 5, todas as atividades que não forem consideradas essenciais permanecerão suspensas.

Antes, as aulas haviam sido interrompidas até o dia 6. Outros locais em que poderia haver grandes aglomerações de pessoas também estão fechados, total ou parcialmente, como restaurantes, bares, clubes, danceterias, cinemas e teatros.