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Obama diz que simulação de afogamento é tortura

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REUTERS

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, qualificou como tortura a prática de submeter presos a simulações de afogamento durante interrogatórios, e defendeu sua decisão de proibir tal método, que havia sido autorizado pelo governo Bush contra suspeitos de terrorismo.

Obama disse que a prática viola os ideais norte-americanos e não é adequada, mesmo que facilite a obtenção de informações. - A simulação de afogamento viola nossos ideais e nossos valores. Acredito, sim, que é tortura - disse ele em entrevista coletiva. Pressionado a dizer se isso significava que o governo do ex-presidente George W. Bush havia aprovado a tortura, Obama disse: 'Acredito que a simulação de afogamento é tortura. E acho que, quaisquer que sejam as razões jurídicas usadas, foi um erro'.

Muitos especialistas dizem que as táticas agressivas de interrogatório resultam em informações não-confiáveis, porque o preso diz qualquer coisa para parar o sofrimento. Obama afirmou que informações obtidas por meio da técnica poderiam ter sido conseguidas por outros métodos, 'consistentes com nossos valores, de modos que fossem consistentes com quem somos'.

Obama disse que, ao abandonar essa prática, os EUA fortalecem a relação com seus aliados e privam a Al Qaeda de uma ferramenta para recrutar militantes.