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Japão convocará conselho da ONU se Pyongyang lançar foguete

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REUTERS

TÓQUIO - O Japão convocará uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir uma possível resposta caso a Coréia do Norte lance um foguete de longo alcance nos próximos dias, disse o representante japonês na entidade nesta quinta-feira.

O embaixador Yukio Takasu, falando após um encontro a portas fechadas sobre outros temas, disse ter levado o assunto ao conselho. Ele afirmou que uma sessão de emergência sobre a Coréia do Norte pode ser marcada para este final de semana, caso o foguete seja lançado.

Pyongyang afirma que colocará um satélite em órbita entre sábado e quarta-feira, mas os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão dizem que o lançamento é um teste disfarçado de um míssil de longo alcance Taepodong-2, que é projetado para carregar uma ogiva até o território norte-americano.

Takasu disse a jornalistas que intensos esforços diplomáticos estão em andamento para convencer o governo norte-coreano a não lançar o foguete, que segundo ele representa "uma ameaça à segurança do Japão" e aumentaria as tensões regionais e internacionais.

- Se esse esforço não tiver um resultado positivo, o Japão vai solicitar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança para discutir essa questão e discutir uma resposta - disse ele. - Devemos ser claros e firmes. Isso pode acontecer no próximo fim de semana.

Takasu não deu detalhes sobre qual resposta seu país gostaria que o Conselho de Segurança adotasse contra a Coreia do Norte.

Diplomatas do Conselho afirmam que tanto Rússia como China, que são membros-permanentes com direito a veto, não apoiariam uma resolução impondo novas sanções contra Pyongyang.

Uma autoridade de Defesa dos EUA disse à Reuters, nesta quinta-feira, que os preparativos norte-coreanos para o foguete, que estão sendo acompanhados de perto pelos EUA, indicam que o lançamento pode acontecer no sábado.

- Eles estão fazendo tudo de forma consistente com o lançamento de um veículo espacial no dia 4 de abril - disse a autoridade, que falou sob condição de anonimato.