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Papa pede a líderes do G20 que evitem 'nacionalismo e protecionismo'

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Agência ANSA

CIDADE DO VATICANO - O papa Bento XVI enviou nesta terça-feira uma mensagem ao premier britânico, Gordon Brown, anfitrião do encontro do G20, que ocorre na quinta-feira em Londres, pedindo aos líderes que participarão da cúpula esforços coordenados para superar a crise, mas "evitando soluções marcadas por nacionalismos e protecionismos".

No texto, ao lembrar da viagem que fez à África há duas semanas, o Pontífice denuncia a "realidade da pobreza extrema e da marginalização" que presenciou no continente. Além disso, lamenta o fato de que "apenas um Estado [a África do Sul, ndr.] e algumas organizações regionais" representem a África subsaariana no G20.

Diante deste quadro, o Papa considera necessária "uma profunda reflexão da parte de todos os participantes" da reunião do grupo, pois "os mais fracos na cena política são aqueles que sofrem os efeitos mais fortes de uma crise pela qual não têm responsabilidade".

Abordando especificamente os efeitos da crise, Bento XVI ressalta que "as finanças, o comércio e os sistemas produtivos, que são criações humanas, levam em si as raízes para a própria destruição se forem transformados em objetos de fé cega".

Além disso, segundo o Papa, a turbulência e a escassez de crédito afetam especialmente as nações africanas quando comprometem o financiamento de programas de auxílio destinados ao continente e a países subdesenvolvidos.

Neste sentido, o Pontífice pede à Organização das Nações Unidas (ONU) que proteja "todos os países", já que é uma entidade multilateral, e cobra respeito às metas fixadas pela organização, chamando a atenção para o objetivo de "eliminar a extrema pobreza até 2015".