Jornal do Brasil
DA REDAÇÃO - Poucos dias depois de a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, declarar que os EUA, com sua insaciável demanda por drogas compartilham a culpa pela violência dos cartéis mexicanos, a filha Ashley, de 27 anos, do vice-presidente americano Joe Biden, foi protagonista de um escândalo que abalou a Casa Branca ao aparecer em um vídeo cheirando cocaína durante uma festa.
O tabloide americano New York Post alega que um de seus repórteres teve acesso a 90 segundos do vídeo de 43 minutos.
O vídeo, que estaria sendo vendido nos EUA por US$ 250 mil, segundo o site de fofocas Radaronline.com e US$ 400 mil de acordo com o New York Post, começa, segundo a versão do New York Post, com uma mulher que parece ser a filha do vice-presidente tirando um canudo vermelho da boca, aproximando a cabeça de uma escrivaninha, inserindo o canudo no nariz e aspirando linhas de pó branco.
Em seguida, a mulher se levanta e começa a conversar com outras pessoas na sala enquanto um jovem identificado como seu namorado a observa por trás.
A câmera, que não parece ter sido ocultada, acompanha a mulher enquanto ela perambula pela sala. A um certo ponto, ela grita: Cala a p*** da boca!
Embora os diálogos do vídeo não estejam claros, representantes do homem que está querendo vender o vídeo, um conhecido de Ashley que não quis se identificar, diz que a mulher fala repetidamente sobre drogas e seu pai.
O site Radaronline.com, também alega que um de seus repórteres viu a fita. De acordo com a versão do site, o vídeo mostra um homem separando cinco linhas de cocaína, enquanto uma mulher, supostamente Ashley, brinca que as linhas não estão grandes o suficiente.
Ashley é assistente social e trabalha no Departamento de Crianças, Jovens e Famílias de Delaware. Até a noite de ontem, Joe Biden e a Casa Branca não emitiram comentários sobre o escândalo.
Supostamente gravado esse ano, o vídeo deve envergonhar Biden, ativista ferrenho na luta contra as drogas ilícitas e que cunhou a expressão czar das drogas em 1982, quando fazia campanha por medidas mais severas no combate às drogas.
Contudo, o vídeo não deve prejudicar a posição de Biden junto ao presidente americano Barack Obama, que admitiu em sua autobiografia Dreams of my father ter experimentado maconha e cocaína mas nunca heroína durante sua juventude.
Este mês Biden contratou um novo czar das drogas, Gil Kerlikowske, cujo enteado já foi preso algumas vezes por posse de maconha.
Thomas Dunlap, o advogado citado por ambos os veículos que noticiaram o escândalo como o responsável por negociar a venda do vídeo, teria desistido de representar o vendedor no domingo.
Ao jornal britânico Times , Dunlap disse que não está envolvido com o caso e não tem informações sobre o vendedor.
Déjà-vu
Se a identidade de Ashley for confirmada no vídeo, ela não será a primeira pessoa da família de uma importante autoridade americana a envergonhar a Casa Branca com abuso de drogas e álcool. A mulher do ex-presidente Gerald Ford, Betty, era alcoólatra e viciada em analgésicos e, após intervenção da família, inaugurou o famoso Centro Betty Ford para adictos.
O irmão do ex-presidente Lyndon Johnson, Sam, admitiu em sua autobiografia ser um alcoólatra problemático. Roger Clinton, apelidado Enxaqueca pelos guardas do serviço secreto responsáveis pela segurança de seu irmão, Bill Clinton, passou um ano na prisão após ser condenado por traficar cocaína em 1984.
As filhas gêmeas de George Bush, Barbara e Jenna, foram acusadas de usar identidades falsas para tentar comprar margueritas em um bar do Texas, mesmo sendo menores de 21 anos.
No mês passado, o meio-irmão de Obama, George, foi preso no Quênia por porte de maconha.
Durante uma sessão de perguntas e respostas orquestrada pela Cassa Branca via internet, Obama recebeu milhares de perguntas sobre se pretende legalizar a maconha.
Não, eu não acho que isso seria uma boa estratégia para gerar o crescimento da economia respondeu Obama.