Agência ANSA
CIDADE DO VATICANO - O observador permanente do Vaticano na ONU, arcebispo Celestino Migliore, afirmou nesta quinta-feira que os civis da Faixa de Gaza estão sendo usados como "escudos de combate" e "meios para alcançar fins políticos e militares".
Segundo ele, os soldados israelenses não respeitam a "distinção entre alvos militares e civis" em Gaza, além de agirem com "total desprezo em relação à dignidade e aos direitos dos civis da comunidade" e "negarem o acesso às ajudas humanitárias".
Em um debate promovido pela ONU sobre a proteção dos civis em conflitos armados, Migliore pediu "proteção aos civis" de Gaza, Darfur e da República Democrática do Congo, "não apenas como um renovado empenho pelos direitos humanos, mas acima de tudo uma ulterior boa vontade e ações políticas".
Migliore também voltou a defender o apelo feito pelo papa Bento XVI, de que o Oriente Médio precisa de "líderes capazes de exercer o direito à defesa dos próprios cidadãos ou o direito à autodeterminação, mas sempre recorrendo a meios legítimos".
O arcebispo pediu ainda que as lideranças da região "reconheçam plenamente suas responsabilidades frente à comunidade internacional e o direito de coexistir em paz".