Agência AFP
GENEBRA - Três ONGs, incluindo a Anistia Internacional (AI) e a Human Rights Watch (HRW), denunciaram nesta quarta-feira os seqüestros nos últimos dias de quatro militantes dos direitos humanos no Zimbábue e exigiram a libertação imediata.
Em um comunicado conjunto, AI, HRW e Open Society Institute (OSI) pedem a libertação de três militantes dos direitos humanos e do irmão de outro ativista, seqüestrados em menos de uma semana por "pessoas suspeitas de trabalhar para as autoridades".
As ONGs apelam à União Africana (UA), à Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e à ONU para que pressionem as autoridades zimbabuanas. Uma das seqüestradas é Jestina Mukoko, diretora da organização ''Zimbabwe Peace Project'' (ZPP).
De acordo com o comunicado, ela foi raptada dentro de casa no dia 3 de dezembro por homens armados que afirmaram ser policiais à paisana. A polícia negou ter detido Mukoko e a justiça zimbabuana determinou a busca da ativista.
Dois dias depois, Zacharia Nkomo, irmão de um importante advogado da área de direitos humanos, foi seqüestrado por quatro homens armados dentro de casa. Em 8 de dezembro, dois funcionários da ZPP, Broderick Takawira e Pascal Gonzo, foram seqüestrados no trabalho.
O Zimbábue enfrenta uma grave crise política, econômica e humanitária sem precedentes.