REUTERS
NOVA YORK - Os dez homens que atacaram Mumbai pertenciam a um grupo de 30 recrutas escolhidos para missões suicidas, segundo uma reportagem do jornal The New York Times, que disse que o paradeiro dos outros 20 ainda é desconhecido.
A Índia não tem motivo para acreditar que os outros 20 homens estejam dentro de seu território, mas isso é uma possibilidade, disse Deven Bharti, vice-comissário de polícia de Mumbai, segundo a edição de terça-feira do jornal.
- Outros 20 estão prontos para morrer. Essa é a parte mais perturbadora - disse Bharti.
Essa foi a primeira vez que a polícia indiana revela um número maior de recrutas suicidadas do Lashkar-e-Taiba, grupo militante paquistanês. Eles dizem que somente 10 homens participaram dos ataques em Mumbai, que mataram 171 pessoas entre 26 e 29 de novembro e despertaram tensões entre a Índia e o Paquistão, vizinhos que têm armas nucleares.
As informações sobre os outros recrutas vieram do único atirador sobrevivente, Mohammed Ajmal Kasab, que foi preso durante os ataques e permanece sob custódia da polícia desde então. Os 30 recrutas receberam treinamento altamente especializado, incluindo habilidades de combates marinhos, segundo Bharti.
Assim que os líderes de Lashkar selecionaram Kasab e seus nove companheiros, eles foram mantidos em uma casa por três meses e, então, divididos em duas equipes. Cada uma delas tinha um alvo diferente em Mumbai e as informações que cada equipe recebia não podia ser passada a outra, segundo Bharti.
Eles nunca mais viram os outros 20 recrutas, disse Bharti ao New York Times, citando os relatos de Kasab.