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Sobe 117% o número de mortes ligadas ao narcotráfico no México

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Agência ANSA

CIDADE DO MÉXICO - O número de assassinatos relacionados ao narcotráfico no México em 2008 disparou para 5.376, o que representa um aumento de 117% em relação ao ano passado, informou o procurador-geral Eduardo Medina Mora.

O procurador afirmou que a maioria destes crimes "se concentra na disputa entre os cartéis do Pacífico", controlados pelos grupos de Joaquín "El Chapo" Guzmán e Ismael "El Mayo" Zambada frente à organização dos irmãos Carillo Fuentes e dos Beltrán Leyva, de Ciudad Juárez, agora associados.

Em um encontro com correspondentes estrangeiros, Medina Mora indicou que os assassinatos normalmente acontecem nos estados do norte, como Chihuahua, Baja Califórnia e Sinaloa, na fronteira com os Estados Unidos.

Em um discurso à nação no dia 30 de novembro, Calderón fez um balanço de sua gestão e afirmou que "no primeiro dia de governo, eu disse que restabelecer a segurança não seria fácil, que custaria tempo, dinheiro, e infelizmente, vidas. Mas é uma batalha que teremos que travar, e que se nós mexicanos nos unirmos, podemos ganhar. Hoje eu ratifico isso", enfatizou o presidente que tomou posse em 1 de dezembro de 2006.

Calderón assumiu o governo declarando guerra ao narcotráfico e implantou a Operação Limpeza nas repartições públicas do país para averiguar possíveis vínculos entre servidores públicos com o narcotráfico. Muitos funcionários foram afastados após as investigações que contou com um efetivo de 40 mil militares e agentes da Polícia Federal.

No entanto, o último mês de novembro foi o mais violento na história moderna do México, com 943 mortes ligadas ao narcotráfico.