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Bush diz que guerra no Oriente Médio foi cara e longa

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Jornal do Brasil

WASHINGTON - O ainda presidente dos Estados Unidos, George Bush, admitiu nesta sexta-feira que a Guerra do Iraque foi mais longa e cara que o esperado. No entanto, defendeu a decisão de iniciar o conflito, ao afirmar que, embora a crença de que Saddam Hussein tivesse armas de destruição em massa tenha sido errada, não era possível tolerar um inimigo jurado que agia de modo beligerante e que apoiava o terrorismo .

O mandatário defendeu vigorosamente nesta sexta seus oito anos de políticas controversas no Oriente Médio, que segundo ele, tornaram a região mais livre que em 2001, apesar dos graves desafios impostos pelo Irã e Síria, países que seguem apoiando o terrorismo e as atividades de enriquecimento de urânio.

As mudanças dos últimos oito anos anunciam o começo de algo histórico e novo em uma região que é a mais essencial para a segurança dos EUA e a paz mundial afirmou o mandatário. Deixamos claro o primordial: pela segurança do nosso povo, os Estados Unidos não permitirão que o Irã desenvolva armas nucleares.

O propósito do discurso, proferido no Centro Saban para Políticas sobre o Oriente Médio do Instituto Brookings, foi dar uma visão panorâmica da política de Bush no Oriente Médio durante seu mandato, que, segundo ele, buscou defender a democracia e a liberdade.

Nem todas as decisões que tomamos foram populares, mas a popularidade nunca foi nosso objetivo sustentou o chefe de Estado, ecoando uma postura adotada pelo senador republicano e ex-candidato à Presidência John McCain durante sua campanha eleitoral.

Bush, que deixará o poder em 20 de janeiro, afirmou ainda que vê avanços nas negociações para chegar a um acordo entre israelenses e palestinos.

Primeiro presidente americano em exercício que pede um Estado palestino independente em paz com Israel, Bush defendeu seus esforços para pôr fim a seis décadas de conflitos na região.

Em relação ao problema mais desconcertante, o conflito israelense-palestino, há agora um maior consenso internacional que em qualquer outro período recente destacou.

O presidente qualificou a aproximação de ambos Estados como uma das maiores prioridades da minha Presidência , descrevendo as negociações que seguiram após a conferência de Annapolis (noroeste de Maryland) em novembro de 2007 como decididas e substanciais

Mesmo que israelenses e palestinos não tenham chegado a um acordo, fizeram progressos importantes disse Bush, acrescentando que construíram novas bases de confiança para o futuro .

Além disso, o presidente enumerou o que considera as conquistas concretas de sua política, entre elas a renúncia da Líbia a continuar seu programa de armamento de destruição em massa, a pressão internacional contra as atividades atômicas iranianas e o fracasso da rede Al Qaeda em controlar países.

Bush também reconheceu que seus esforços nem sempre saíram segundo o planejado, ficando, em algumas ocasiões, muito abaixo do esperado.

O Oriente Médio continua enfrentando graves desafios. Irã e Síria seguem sendo uma ameaça para a paz, e são muitos os que, na região, continuam sofrendo a opressão concluiu.