Agência AFP
RABAT - O tribunal antiterrorista de Salé, perto de Rabat, condenou nesta quinta-feira a dez anos de prisão Hicham Ahmidan, acusado de envolvimento dos atentados de Madri em março de 2004, informou uma fonte judicial.
Seu advogado anunciou que vai recorrer da sentença.
O procurador pediu uma pena de 20 anos de prisão, considerando que os fatos comprovam que Ahmidan pertence a um grupo terrorista e que ele desempenhou um papel importante no fornecimento do material utilizado nos atentados.
Rastros de DNA de Ahmidan foram encontrados no apartamento onde estavam escondidos os membros do grupo, e as impressões digitais do marroquino foram registradas "em dois veículos utilizados pela terroristas".
- O réu prestou uma ajuda logística ao grupo que executou estes atentados - afirmou o procurador.
O advogado de Ahmidan, Ali Ammar, pediu a absolvição de seu cliente "por falta de provas", ressaltando que ele foi detido no Marrocos em 6 de março de 2004, ou seja, cinco dias antes dos atentados de Madri.
Hicham Ahmidan está atualmente cumprindo uma pena de cinco anos de prisão em Salé por tráfico de drogas.
O julgamento de outro marrroquino, Abdelilah Ahriz, também suspeito de envolvimento nos atentados de Madri, foi adiado para o dia 18 de dezembro pelo mesmo tribunal a pedido de seu advogado, destacou a mesma fonte.