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Eleições EUA: Michelle Obama defende 'uma nação'

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Jornal do Brasil

RIO - A estrela do primeiro dia da Convenção Democrata, que pára a cidade de Denver até quinta-feira e é assistida por 20 milhões de americanos no horário nobre da TV, foi uma gerente de hospital. Vista como muito liberal por quatro em cada 10 eleitores americanos, Michelle Obama, mulher do candidato democrata, assumiu ontem o desafio de apresentar ao mundo o Obama familiar e de promover-se como potencial primeira-dama a primeira afro-americana da História presidencial americana.

Enquanto Obama tem enfatizado, em campanha, uma mensagem de esperança, Michelle fala das realidades da vida americana, da distância entre ricos e pobres, negros e brancos. A mulher conhecida como a rocha na família Obama se apresentou ao país com uma mensagem clara: uma nação.

Autora do próprio discurso, Michelle foi direto ao ponto:

Acreditamos que os eleitores americanos estejam prontos para discutir o que interessa e não falar sobre coisas que não têm nada a ver com a melhoria da vida das pessoas.

Michelle Obama é descrita por familiares e amigos, ao mesmo tempo, como 'Mulher Maravilha' e mulher comum. Empresária de sucesso, é dedicada às filhas Malia, de 10 anos, e Sasha, de 7, adorada pelo marido e criada pelos pais dentro dos valores da classe trabalhadora.

Na mídia, Michelle tem sido retratada como nervosa e, para os conservadores, desperta a desconfiança que surgiu com envolvimento de Hillary Clinton no governo do marido. A mulher, que já criticou publicamente os EUA por ser guiado pelo medo , foi atacada quando disse: Pela primeira vez na vida adulta, realmente estou orgulhosa do meu país . Sua autenticidade americana questionada pelos republicanos.

Conhecida por sua preocupação com o estilo, Michelle apareceu na revista Vogue e foi comparada à ex-primeira-dama Jacqueline Kennedy. O vestido violeta colado usado na comemoração da vitória matemática de Obama sobre Hillary na corrida democrata foi muito elogiado por estilistas.

Trajetória

Filha de Fraser e Marian Robinson, Michelle cresceu em um apartamento de um quarto em cima da casa da tia, em Chicago. Aprendeu a ética do trabalho do pai, que foi diagnosticado aos 30 anos com esclerose múltipla e seguiu trabalhando como operador de bomba no departamento de água de Chicago.

Michelle ganhou uma bolsa de estudos na Universidade de Princeton, depois cursou a Escola de Direito de Harvard e foi trabalhar na empresa Sidley Austin LLP, onde conheceu Obama em 1989, quando foi designada sua mentora. Casaram-se em 1992. Michelle tirou licença do posto de vice-presidente de relações comunitárias do Hospital da Universidade de Chicago para fazer campanha para o marido.