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Anúncio de McCain trata Obama como celebridade, não líder

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REUTERS

WASHINGTON - O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, John McCain, abriu na quarta-feira uma nova linha de ataque contra seu rival democrata, Barack Obama, que ele disse ser uma celebridade sem força para mudar Washington.

Um novo anúncio usado em Estados estratégicos, sob o título "Celeb", sobrepõe o recente discurso de Obama em Berlim, diante de 200 mil pessoas, a imagens de Britney Spears e Paris Hilton. - Será que ele está pronto para liderar? - questiona a publicidade.

Ao mesmo tempo, McCain se apresentou como um político de mentalidade independente, acostumado a discordar do governo Bush, enquanto Obama teria apenas uma boa retórica.

- A moral da história é que as palavras do senador Obama, com toda sua eloquência e paixão, não significam tanto, e esse é o problema de Washington. O senador Obama não tem força para falar aberta e diretamente sobre como vai tratar dos sérios desafios que a América enfrenta. Como ele terá força suficiente para mudar Washington de verdade? - disse McCain.

Essa estratégia agressiva pode desagradar uma parte do eleitorado, e a campanha de Obama já acusou os rivais de desrespeitarem a promessa de manter o bom nível na eleição.

Mas os republicanos tentam aproveitar o fato de que, com toda a cobertura que recebeu, a viagem de Obama à Europa, ao Afeganistão e ao Oriente Médio não lhe deram um impulso significativo nas pesquisas.

Em teleconferência com jornalistas, o coordenador da campanha de McCain, Rick Davis, disse que a turnê do democrata foi muito mais algo que se esperaria de alguém lançando um novo filme do que concorrendo a presidente.

- Então acho justo dizer que só estamos focados em representar o que consideramos ser um elemento importante da estratégia de Obama, que é criar uma base de fãs em todo mundo para que ele possa receber muita atenção da mídia e evitar tratar das questões importantes da nossa época - afirmou Davis.

A campanha de McCain também recomendou vivamente um artigo do jornal The Washington Post em que o autor acusa Obama de se comportar como se já estivesse eleito.