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Ampliação de assentamentos judaicos é 'um problema', dizem EUA

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REUTERS

WASHINGTON - Os Estados Unidos manifestaram na terça-feira sua insatisfação com os planos israelenses de ampliar os assentamentos na Cisjordânia, qualificando-os como "um problema".

No mesmo dia, a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, se reuniu com o ministro israelense de Defesa, Ehud Barak. Eles falaram de vários assuntos, especialmente do programa nuclear do Irã, que preocupa ambos países.

Mais tarde, Rice se encontrou com o negociador palestino Ahmed Qurei. Na tarde de quarta-feira, ela deve ter uma reunião tripartite com ele e com a chanceler de Israel, Tzipi Livni.

Até agora não há avanços tangíveis desde a retomada do processo de paz, em novembro, e existe um ceticismo generalizado quanto às chances de concluí-lo ainda durante o mandato do presidente George W. Bush, que termina em janeiro.

Rice disse que vai se empenhar para que haja um acordo neste ano, mas disse que "ninguém deve subestimar a dificuldades em fazer isso".

- O Oriente Médio não ficará melhor sem a criação de um Estado palestino que conviva com Israel num clima de paz, segurança e democracia - disse ela em entrevista coletiva. - Então a questão é: se não for agora, é quando?

Além de buscar um acordo, Rice tenta manter palestinos e israelenses atrelados ao "mapa da paz" proposto em 2003 por Washington. Esse plano inclui exigências de ambas as partes -- do lado palestino, controlar a militância, e do lado israelense, suspender a ampliação dos assentamentos, entre outras.

Recentemente, uma comissão do ministério israelense da Defesa aprovou a construção de 20 casas em Maskiot, uma base militar abandonada no vale do Jordão, longe dos principais blocos de assentamentos judaicos da Cisjordânia, que Israel espera manter para si num eventual acordo.

O negociador palestino Ahmed Qurei disse que o plano é um sinal da má-fé israelense. - É uma verdadeira violação. É infelizmente uma péssima mensagem sobre a intenção de alcançar um acordo - afirmou ele depois do encontro com Rice.

Barak disse que Israel considera a construção justificada, mas lembrou que a aprovação concedida é apenas um passo dentro de vários procedimentos, e que o projeto ainda está num estágio preliminar.